sexta-feira, 6 de setembro de 2013

JOHN LOCKE: UM DOS MAIS FORTES PILARES DO EMPIRISMO E DO LIBERALISMO




Nascido em 29 de agosto de 1632, em Pensford, vilarejo do Sommerset, perto de Bristol, John Locke era filho de uma família de comerciantes. Sofria de problemas respiratórios, os quais, de origem familiar, já haviam comprometido a saúde de sua mãe e de seu irmão, ambos falecidos com tuberculose, quando John Locke ainda era jovem. A preocupação com sua saúde, que sempre foi precária, o acompanhou por toda a vida.

Locke viveu em uma Inglaterra conturbada por guerras civis. Seu pai se alistou no exército do Parlamento e, graças à interferência de seu superior, o Coronel Popham, Lock estudou como bolsista na Universidade de Westminster e, posteriormente, também como bolsista, em Oxford no “Christ Church College”, o mais famoso daquela universidade.

Lá, estudou a filosofia de Aristóteles, a única ensinada em Oxford. Foi diplomado Bacharel em Artes e lecionou grego, retórica e filosofia moral por algum tempo.

Após esse período, se dedicou à medicina. Foi médico e conselheiro de Lord Ashley, conde de Shaftesbury, que o contratou após Locke lhe ter salvado a vida por meio de  uma cirurgia.

A conturbação política de seu tempo e a sua saúde debilitada o levaram a viver entre a França, a Inglaterra e a Holanda. Por fim, estabeleceu-se definitivamente em seu País natal até a sua morte, em 28 de setembro de 1704, “enquanto Lady Masham lhe fazia uma leitura.” [1]

Em seus 72 anos de vida, produziu várias obras, dentre as quais se destacam: Dois tratados sobre o Governo, Carta sobre a tolerância, Elementos de filosofia natural e Ensaio sobre o entendimento humano.

É considerado o fundador do empirismo moderno, corrente filosófica que prega ser a experiência a única fonte do conhecimento humano. Não existem idéias inatas. A consciência cognoscível tira todos os seus conteúdos da experiência. O espírito humano nasce vazio, como uma tábula rasa, e, no decorrer de suas experiências, vai preenchendo este vazio com conhecimento.

Toda a sua obra é coesa e coerente, caracterizando-se fundamentalmente no empirismo que defende. Mas é no Ensaio acerca do entendimento humano que Locke expõe brilhantemente suas idéias acerca de seu empirismo e suas conseqüências na área da teoria do conhecimento.

O “Ensaio sobre o entendimento humano” se divide em quatro livros: O primeiro nega os princípios e as idéias inatas, o segundo trata das idéias, o terceiro das palavras e o quarto do conhecimento e da probabilidade.


[1] Introdução à Filosofia – Tomo II – Parte quarta – Empirismo Inglês – Roland Corbisier (editora Civilização Brasileira ) pg 133.

Nenhum comentário:

Postar um comentário