Para
tudo existe uma pergunta primeira, fundamental, sem a qual não existe o
interesse, a falta, a necessidade, o amor pelo que estamos buscando. Sem
necessidade, não existe falta. Sem falta, não existe interesse. Sem interesse,
não existe amor. Sem amor verdadeiro, não existe completude. E o que qualquer
um que queira algo quer, é a completude. Quer-se porque não se tem. Se
tivéssemos, não teríamos porque querer.
A
pergunta fundamental é aquela que fomentará o nosso amor pelo conhecimento, que
nos dará forças para seguir em frente e nos fará lembrar a cada momento que nosso
esforço não é em vão, mas por uma ótima causa, a melhor de todas: suprir nossa
carência, nossa falta.
Neste
contexto, a pergunta fundamental é: Por que Ética?
A
resposta natural e necessária seria: Porque não temos.
E
o que é a Ética que não temos?
A
Ética que não temos, e por isso precisamos, é a investigação sobre como agir,
como viver, como pensar e ordenar os pensamentos de forma a sermos o que
queremos ser.
É
descobrir o que queremos, e porque queremos. E descobrir como alcançar isso. É
descobrir quem somos, e quem queremos ser. E, ainda, porque é melhor ser de um
jeito ou de outro.
É
descobrir o que é ser melhor, ou pior. É entender o que são os valores e eleger
os seus. A Ética que não temos, e queremos, é a investigação que nos levará a
descobrirmos o que de fato queremos descobrir: Quem somos e como devemos agir.
Mas
responderei à nossa pergunta fundamental em uma frase que resume toda a
questão:
Por
que Ética?
Para
sabermos “o que fazer”.
O
que eu devo fazer? O que eu deveria ter feito? O que é melhor eu fazer? O que
seria melhor para mim se eu fizesse? O que seria melhor para todos? O que eu
faço agora?
Eis
um tormento que nos devora a alma por toda a existência, se perpetua nos anos,
nos meses, nos dias, nas horas e a cada instante nos cobra por uma resposta.
Resposta esta que nos fará escravos para o resto de nossas vidas.
Eis
porque Ética.
Na ativa, sempre!
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