A meu ver, um texto filosófico não se define por sua forma,
tampouco por sua matéria. Não obstante a polêmica que tal afirmação possa
causar, acredito que um texto filosófico se define, sim, por suas
conseqüências.
Define-se pelo impacto que imprime ao leitor, por ser capaz de
despertá-lo frente à perplexidade do que há. Ainda, define-se por alavancar a
vida e estimular a busca, por levantar questionamentos, suscitar dúvidas,
inspirar idéias. Por fazer criar novas cores possíveis, ou não.
Penso ser um texto filosófico, antes de mais nada, um impulso
investigativo. Um desbravar por searas desejadas. Uma aventura do despertar.
Liberdade dos grilhões da ignorância.
Vejo-o como sendo tudo isso, e muito mais. Tudo, exceto uma
tentativa de impor verdades por meio de processos labirínticos que se erguem em
pré-moldados recauchutados que asfixiam a alma e sufocam a criatividade do
pensar.
Sempre na ativa!
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